Se até os anos 80, os problemas cardíacos eram considerados um “mal puramente
masculino”, com o aumento do número de casos de infarto em mulheres
aumentando a cada ano, especialistas estão mais atentos aos motivos que
contribuem para a disseminação da doença entre a ala feminina. No Brasil, 42%
dos casos de enfarto são de mulheres e as doenças do aparelho circulatório hoje
são a principal causa de mortalidade feminina. Mas você saberia identificar o infarto
em mulheres? Os sintomas da
doença são diferentes, sim, no sexo feminino, e é preciso ficar atento aos
sinais que corpo dá!
Sintomas do infarto nas
mulheres
A dor no peito, tão característica no infarto masculino,
não é um sinal comum quanto se trata da doença nas mulheres. Entre os principais sinais que uma mulher
está infartando, estão:
- Fadiga intensa;
- Náuseas;
- Palpitações;
- Tonturas;
- Dor de estômago e azia;
- Dor nas costas;
- Dor na mandíbula/queixo.
Quando esses sinais permanecerem por mais de 20 minutos, o
recomendado é buscar auxílio médico imediatamente.
Motivos do enfarto no sexo feminino
Por acreditarem ser menos vulneráveis às doenças do coração, as mulheres
acabam negligenciam os sintomas, o que pode ser fatal em muitos casos. De
acordo com a presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher, da Sociedade Brasileira de Cardiologia,
Elizabeth Alexandre, as mulheres que já entraram na menopausa são as que
mais devem ficar atentas à saúde cardíaca.
“Quando a mulher entra na menopausa, ocorre uma queda
intensa do estrogênio, hormônio responsável por regular o colesterol no
organismo feminino. A queda nos níveis do hormônio gera o aumento do
colesterol ruim e a redução do nível de colesterol bom no sangue. Essa gangorra
faz com que o colesterol se acumule nas artérias e interrompa o fluxo
sanguíneo, facilitando o infarto”, explica a especialista.
“No grupo de mulheres com idade entre 35 e 44 anos não
verificamos a mesma redução de mortalidade que identificamos em outros grupos.
Esse é o foco das pesquisas no momento”, observa a cardiologista. Já a
cardiologista Roberta Saretta, do Hospital Sírio-Libanês, salienta que, ao
longo dos anos, as mulheres adquiriram hábitos que as expõem ainda mais a
fatores de risco, hábitos esses que eram “exclusivos” dos homens, por conta de
uma rotina mais atribulada.
Tabagismo, hipertensão, estresse, obesidade, diabetes e
sedentarismo são “impulsionadores” do infarto. “O tabagismo é considerado
o grande fator de risco para o infarto nas mulheres mais jovens”, finaliza a
cardiologista.
Por isso, vale a pena prestar atenção aos sinais que seu
corpo dá, buscando, paralelamente, adotar hábitos de vida mais saudáveis.
Por Renata Branco (Vila Mulher)
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