Dados são apresentados em reunião na sede da prefeitura
O diagnóstico realizado pela atual gestão
da Secretaria de Saúde aponta uma dívida de R$ 48 milhões no setor. Na longa
relação de problemas há questões jurídicas como a multa de R$ 6,6 milhões
decorrente do descumprimento de sentença em ação que argüiu o Sehac, a abertura
da urgência e emergência do Hospital Alcides Carneiro, irregularidades na obra
inacabada do Centro de Saúde ao custo de R$ 2,6 milhões, além do investimento
de R$ 2 milhões na compra da Ressonância Magnética do Hospital Alcides
Carneiro, que nunca funcionou por falta de funcionários. Erros jurídicos,
operacionais e de gestão da administração passada são encontrados em todos os
setores da Saúde.
A apresentação foi feita nesta
quinta-feira (12.01) na sede da prefeitura, com a presença do prefeito Bernardo
Rossi; do secretário de saúde do Estado, Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior,
do secretário de Saúde, Silmar Fortes e parte da equipe dos principais setores
da pasta.
“A Saúde, como todos os setores da
administração pública municipal está em desordem. A gestão equivocada de
governos anteriores fez virar uma bola de neve não apenas na parte econômica,
onde há o casos financeiro, mas também na operacionalização dos
atendimentos à população. Nosso desafio é colocar a casa ordem para podermos
avançar”, conclamou Bernardo Rossi.
A gestão atual da Secretaria de Saúde
começou sua administração esse ano com um déficit de R$ 2 milhões. Foi
identificado um grande número de exames, consultas e procedimentos realizados
mensalmente sem contrato em unidades de saúde particular o que acarretou uma
falta de receita para o município de R$ 4 milhões. Já os gastos com
procedimentos contratualizados somam R$ 16 milhões mensais. O processo de
regularização de todos os prestadores da rede, além do cadastro de exames,
procedimentos e atendimentos estão sendo regularizados.
Somente com aluguéis, a Secretaria de
Saúde tem uma despesa mensal de R$ 111 mil, muitos destes imóveis serão
vistoriados para reavaliar a necessidade de ocupação. Outra dificuldade
apresentada é a judicialização da saúde, em que o grande número de liminares,
processos e mandatos ocasionam uma despesa em média mensal, apenas com
honorários, de R$ 300 mil.
Titular da pasta de Saúde do Estado há
apenas 12 meses, Luiz Antonio de Souza Teixeira, que assumiu o cargo em meio à
crise econômica, falou do desafio de cuidar da área com corte de gastos.
“O prefeito Bernardo Rossi também tem
grandes desafios pela frente. Vários fatores, como o grande volume de recursos
contratados de forma irregular, falta de logística de distribuição de materiais
e medicamentos e os problemas de formalização de contratos, são exemplos da
necessidade de reorganizar todo o sistema para que se tenha resolutividade para
os pacientes”, afirmou.
Com a avaliação feita em duas semanas de
trabalho, Silmar Fortes pontuou os diversos problemas que serão enfrentados
durante o ano, desde os setores administrativos aos de assistência.
“Nós temos ações emergenciais que precisam
se revistas o quanto antes e outras serão projetadas em etapas. As questões dos
contratos e o pagamento das dívidas são pontos que já estão sendo discutidos e
avaliados. Em médio prazo vamos reformular as práticas e gerir de forma
responsável e acertada”, garante Silmar Fortes.
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