Objetivo foi buscar fluxos para reorganizar e melhorar o atendimento
Representantes das principais entidades que prestam o atendimento de
urgência e emergência no município se reuniram nesta terça-feira (17.01), para
o primeiro encontro de organização do fluxo da assistência da rede. O
secretário de Saúde, Silmar Fortes, destacou a importância da definição de
novos fluxos e solucionar os problemas que impedem a população de ter um
atendimento mais rápido e eficiente. Dentre elas, a falta de comunicação se
destaca, o problema é enfrentado desde os socorristas até a transferência do
paciente para uma possível internação. A expectativa é de que em curto prazo já
se tenha uma definição de um novo organograma para aperfeiçoar o serviço.
“Nós estamos conhecendo os setores e serviços de toda a rede. Neste
primeiro momento cada entidade está revelando a sua necessidade, na maioria das
vezes falta comunicação entre as unidades. A primeira medida para melhorar essa
comunicação é a definição de um coordenador de urgência para estar acompanhando
todo o processo e definir onde estão as falhas no atendimento para sanarmos”,
afirmou Silmar Fortes.
Durante a reunião, a Coordenação do Samu comentou a dificuldade de
encaminhar os pacientes socorridos para as unidades de atendimento devido à
falta de gestão de leitos. O coordenador, Claudio Lázaro explicou que em 56%
dos casos o problema do paciente é resolvido com a telemedicina, em que o
paciente revela ao médico os problemas de rápida solução. Em média o Samu
encaminha para as unidades de urgência de 2 a 3 pacientes por dia.
“A telemedicina é uma orientação médica por telefone que pode ser uma
dúvida quanto à dosagem de um remédio, como medicar em caso de problemas de
pressão ou uma febre alta. Em 22% dos atendimentos em residências, nós
conseguimos resolver o problema no local. A dificuldade está na minoria, que
são em média de 3 pacientes que precisamos atender diariamente e encaminhar
para uma unidade de saúde. Por conta da falta de protocolos e gestão de leitos
acabamos sobrecarregando as unidades com atendimentos que podem ser
distribuídos em toda rede.”, explicou Claudio Lázaro.
Silmar Fortes identificou que muitos atendimentos podem ser direcionados
aos postos de saúde da família (PSF) e unidades básicas de saúde (UBS).
“Não podemos sobrecarregar o Samu ou até mesmo as UPAs com atendimentos
que cabem a atenção básica. Solicitação de receitas médicas, problemas de
pressão entre outros atendimentos devem ser feitos nos postos de saúde, se não
estão ocorrendo, cabe agora a nossa investigação. Essa é a primeira reunião de
outras que virão para conseguirmos destacar nossos objetivos e metas para
melhorar a qualidade da assistência junto à população”, finaliza Silmar Fortes.
O encontro contou com a participação de representantes de diversas
instituições, como a coordenação do SAMU, Upa Cascatinha e Upa Centro, Hospital
Municipal Nelson de Sá Earp, Posto de saúde de Pedro do Rio e Alto da Serra,
além da equipe de Atenção Básica da secretaria de Saúde.
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